Foto do shopping de Dhaka, capital de Bangladesh, o maior centro comercial da região
Tudo na Índia é gigantesco,
excessivo, assustador. Mesmo Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), rei da Macedônia e um dos maiores conquistadores da história, se
viu pequeno quando teve de
enfrentar seus próprios soldados,
os quais se negavam a seguir campanha sob as torrenciais e incessantes chuvas da Índia. Alexandre venceu os terríveis monstros-elefantes do exército
indiano,mas não conseguiu
bater a força e o gigantismo dos
eventos naturais daquela região.
Quis chegar à beira do Ganges,
mas foi consumido pela malária e
morreu na Babilônia, após conquistar
as bordas da Índia.
Uma cultura milenar, antiqüíssima,
e uma economia cada vez mais conectada
à contemporaneidade são as marcas mais
proeminentes da gigantesca Índia no
século XXI, país que hoje representa
um sexto de toda população mundial —
1,1 bilhão de habitantes.
Porém, apesar dos gigantescos e
comemorados números do crescimento da
economia indiana — o PIB da Índia
cresceu 8,5% em 2003, 7,5% em 2004 e
8,1% em 2005 —, o país ainda sofre com
também gigantescos problemas sociais.
Há na Índia cerca de 220 milhões de
miseráveis — bem mais do que toda a
população do Brasil. São pessoas que
vivem com menos de US$ 1 por dia.
O país também é o recordista
mundial no número de portadores de
HIV. Segundo o relatório da ONU
divulgado no dia 30 de maio de 2006,
há 5,7 milhões de indianos portadores
do vírus da AIDS. O relatório afirma
que o aumento no uso de drogas
injetáveis e o comportamento sexual de
risco acelerou sobremaneira o avanço
do vírus da AIDS em vários países
asiáticos, entre os quais se
destacaram China e Índia. Atualmente,
na Ásia, há 8,3 milhões de pessoas com
o vírus — mais de dois terços desse
total estão na Índia.
Outro grave problema indiano é a
sociedade de castas. Milenarmente, a
história da sociedade indiana se
construiu sobre uma espécie de rígida
consumido pela malária e morreu na
Babilônia, após conquistar as bordas
da Índia.
Uma cultura milenar, antiqüíssima,
e uma economia cada vez mais conectada
à contemporaneidade são as marcas mais
proeminentes da gigantesca Índia no
século XXI, país que hoje representa
um sexto de toda população mundial —
1,1 bilhão de habitantes.
Porém, apesar dos gigantescos e
comemorados números do crescimento da
economia indiana — o PIB da Índia
cresceu 8,5% em 2003, 7,5% em 2004 e
8,1% em 2005 —, o país ainda sofre com
também gigantescos problemas sociais.
Há na Índia cerca de 220 milhões de
miseráveis — bem mais do que toda a
população do Brasil. São pessoas que
vivem com menos de US$ 1 por dia.
O país também é o recordista
mundial no número de portadores de
HIV. Segundo o relatório da ONU
divulgado no dia 30 de maio de 2006,
há 5,7 milhões de indianos portadores
do vírus da AIDS. O relatório afirma
que o aumento no uso de drogas
injetáveis e o comportamento sexual de
risco acelerou sobremaneira o avanço
do vírus da AIDS em vários países
asiáticos, entre os quais se
destacaram China e Índia. Atualmente,
na Ásia, há 8,3 milhões de pessoas com
o vírus — mais de dois terços desse
total estão na Índia.
Outro grave problema indiano é a
sociedade de castas. Milenarmente, a
história da sociedade indiana se
construiu sobre uma espécie de rígida
divisão, a qual, ainda hoje, permanece
em muitos lugares do país.
Essa organização social surgiu da
religião predominante na Índia: o
hinduísmo — mais de 80% da população
indiana é hindu —, religião nascida há
milhares de anos na própria Índia e
que conta com uma espantosa multidão
de deuses. Foi a partir da religião
hindu que a sociedade de castas,
baseada na desigualdade absoluta entre
os indivíduos, se firmou.
Para o hinduísmo, os seres humanos
existem dentro de um ciclo de vida e
morte chamado samsara. Tal ciclo só
acaba no momento em que a alma passa
por todos os estágios de um longo
processo de purificação, o que permite
atingir a libertação definitiva. Para
os hinduístas, o índivíduo que pratica
o bem, após sua morte, renascerá mais
nobre. Já aqueles que praticaram o mal
renascem em uma casta inferior ou até
mesmo sob a forma de um animal.
Essa concepção religiosa acabou
enrijecendo a sociedade indiana.
Assim, as castas mais pobres, segundo
a religião, devem ser pobres durante
toda sua vida, já que esse é o preço
cobrado pelas maldades que os mesmos
teriam praticado em vidas passadas, ou
seja, a mudança de casta só pode
ocorrer de uma vida para a outra.
A religião hindu também produziu
uma série de regras sociais, as quais,
por sua vez, determinam que lugar cada
pessoa deve ocupar na sociedade e que
tipos de relacionamento elas devem
ter. Por exemplo, as castas determinam
os casamentos, os quais dificilmente
ocorrem entre membros de diferentes
castas.
Apesar de ter sido abolido pela
Constituição Indiana de 1949, o
sistema de castas segue firme na sua
influência sobre a sociedade indiana.
Sua força é maior nas áreas rurais,
mas também exerce muita influência nos
grandes centros urbanos da Índia.
A primeira citação ao sistema de
castas está nos hinos finais do
Rigveda — coleção de 1.028 cantos ou
hinos escritos em sânscrito por volta
de 2.000 a.C. e de origem
desconhecida.
Nesses hinos aparecem quatro
classes de indivíduos, ou quatro
cores. São: os brâmanes ou sacerdotes;
os dirigentes; os agricultores e
comerciantes; e os artesãos.
Trabalhadores "dalits" - os párias da sociedade hindu
Na sociedade indiana também há a
figura do pária. É aquele indivíduo
excluído de uma casta ou então filho
ou filha de um relacionamento
incestuoso ou de um adultério. Existem também centenas de subcastas.
Portanto, as castas indianas,
estritamente endógamas (só há
casamentos com membros da mesma classe ou tribo, com a finalidade de
conservar a nobreza ou a raça), são
separadas por um sistema severo de
interdições e contam-se por milhares.
Atualmente, a milenar sociedade de
castas está assistindo ao surgimento
de uma nova classe social: a dos
milionários ligados à indústria de
Tecnologia da Informação, conhecida
pela sigla TI. Ainda não se sabe ao
certo o que o poder dessa nova classe
causará em um país onde a rígida
divisão da sociedade em castas ainda
vigora. Porém, para o professor Geoff
Walsham, da Universidade de Cambridge
(Reino Unido), “este novo grupo é
pequeno, mas deve, no longo prazo, se
tornar mais influente”. Segundo
Walsham, isso ocorre por razão de uma
enorme dificuldade da estrutura
política indiana para absorver mudanças.
Para o acadêmico, isso levará tempo,
mas certamente causará mudanças.
Segundo R. Nagaraj, do Instituto
Indira Gandhi de Pesquisa para o
Desenvolvimento, esta “nova classe
empreendedora, de espírito competitivo
e perfil global” está pronta para
“transpor as fronteiras culturais do
país”.
Segundo a revista norte-americana
Forbes, a Índia tem atualmente 23
bilionários. Entre eles está Lakshmi
Mittal, o quinto homem mais rico de
todo o planeta. Seu patrimônio chega
hoje à casa dos US$ 23 bilhões.
Extraído de BarsaSaber
PARA SABER MAIS...
1. http://www.indiaconsulate.org.br/
Página do Consulado Geral da Índia no Brasil. Com informações histórias e turísticas sobre o país asiático
2. http://pt.india-tourism.com/
Site com informações turísticas e culturais da Índia
3. http://india.gov.in/
Portal do governo indiano
4. http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/south_asia/country_profiles/1154019.stm
Perfil feito pela rede inglesa BBC a respeito da Índia
5. http://www.ptinews.com/pti/ptisite.nsf
Site da maior agência de notícias indiana
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